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O setor privado foi o responsável pelo crescimento na relação entre investimentos e Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre de 2022, segundo um levantamento exclusivo elaborado pelo Cemec-Fipe a pedido do CNN Brasil Business. Nos três primeiros meses deste ano, os investimentos corresponderam a 17,91% do PIB no período. O valor é maior que os 17,55% registrados no mesmo período do ano passado. Em 2021, o valor chegou a 18,92%.

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O aumento da taxa básica de juros costuma, historicamente, provocar efeitos opostos na decisão de investidores nacionais e estrangeiros na bolsa de valores. Os brasileiros preferem reduzir as posições em renda variável, na busca de opções mais seguras e rentáveis, enquanto os estrangeiros elevam a alocação de recursos em ações, conseguindo até mesmo compensar os efeitos da saída dos locais.

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Há dúvidas se o mercado de capitais continuará animado no segundo semestre Dados divulgados na semana passada mostram os danos que os juros altos fizeram no mercado de capitais. Depois do recorde histórico de recursos captados em 2021, o fluxo de dinheiro para as empresas minguou neste ano e teria sido pior não fosse o interesse dos investidores pelos títulos de renda fixa bastante salgados. A inflação elevada com reflexo negativo nas vendas das empresas, a perspectiva de manutenção de juro nas alturas e o risco de recessão global, em cenário tumultuado pelo conflito no Leste Europeu, encarecem o custo do dinheiro.

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O coordenador do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec-Fipe), Carlos Antônio Rocca, aponta ainda que as companhias abertas do setor industrial registraram no último ano um avanço de margens e de receitas, considerando a maior capacidade de repasse do aumento de custos atrelado ao mercado internacional.

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A poupança das famílias brasileiras encolheu no primeiro trimestre de 2022, na primeira variação negativa desde o início da pandemia. Fatores como a queda na renda do brasileiro, o arrefecimento da crise sanitária e o retorno ao padrão de consumo pré-Covid estão entre as explicações para esse movimento.

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Após sete trimestres de alta, desde o início da pandemia, a poupança financeira das famílias recuou no primeiro trimestre de 2022, segundo levantamento inédito do Centro de Estudos de Mercados de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Cemec-Fipe). Nos primeiros três meses do ano, a perda foi de R$ 32,4 bilhões, comparada a um aumento de R$ 75,8 bilhões no quarto trimestre de 2021. O valor considera não só a caderneta de poupança, mas fundos de investimentos, ações, depósitos bancários, títulos públicos e privados e captações bancárias, entre outros.

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O salto da taxa de investimentos no Brasil entre 2015 e 2021, de 15,52% para 19,17% do Produto Interno Bruto (PIB), com aumento de quase 3,7 pontos percentuais, traz expectativas animadoras. Aferido pelo Centro de Estudos de Mercados de Capitais (Cemec) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em dados do IBGE e estimativas próprias, esse avanço pode sugerir que a economia brasileira recuperou sua capacidade de investir.

O salto da taxa de investimentos no Brasil entre 2016 e 2021, de 15,5% para 19,2% do PIB, se deve integralmente ao aumento no setor privado, cuja taxa passou de 13,6% para 17,5% do PIB, enquanto os investimentos públicos recuaram de 1,93% para 1,64%, patamar dos dois últimos anos. As estimativas para 2020 e 2021 são do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Cemec-Fipe), com base em dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), das Contas Nacionais do IBGE e do Tesouro Nacional.

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Retração de desembolsos é generalizada -sábado, 7 de maio de 2022

Quando se olha os grandes números para além da infraestrutura, o Brasil registra os piores patamares de investimentos em décadas. O volume de investimentos do governo federal, por exemplo, encerrou o ano passado equivalendo a 0,26% do PIB, segundo acompanhamento do Observatório de Política Fiscal do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas). O resultado é o mais baixo desde 2003 e 2004, quando os investimentos federais foram de 0,20% e 0,21%, respectivamente.

A taxa média anual de investimento, de 2018 a 2021, expurgados os eventos circunstanciais, estaria na casa de 16%, algo que não se via desde a década de 1960, segundo a série de dados do Cemec-Fipe (Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

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